Seit vielen Jahren schon kämpfen die Munduruku um ihr Land, das duch Bergbau, Energie- und Infrastrukturprojekte bedroht ist. Vor fast einem Jahr gab die brasilianische Bundesstaatsanwaltschaft dem Justizministerium 60 Tage Zeit, um binnen dieser Frist endlich das Gebiet Sawré Muybu als Terra Indígena zu demarkieren und zu homologisieren. Da dies noch immer nicht umgesetzt wurde, machten sich die Munduruku unlängst auf den Weg, um das Terrain selbst abzustecken.
Foto: ASW

[Português abaixo]

Zeit: Di, 24.09.2024, 18:00-20:00 Uhr
Ort: Brot für die Welt (Raum0.K.01 Amalie Sieveking), Caroline-Michaelis-Str.1, 10115 Berlin

Präsenz-Veranstaltung mit Simultanübersetzung DE-PT und PT-DE. Die Teilnahme ist kostenlos.

Podiumsdiskussion mit:
Andreia Lisboa – Aktivistin/Führungsperson der Gemeinde Taquaril dos Fialho – Licínio de Almeida /BA
Uine Lopes – Aktivist/Führungsperson der Gemeinde Bananeiras von Ilha de Maré – Salvador/BA
Alessandra Korap Munduruku – Aktivistin/Führungsperson des indigenen Volkes der Munduruku/PA / Jairo Saw Munduruku (indigenes Oberhaupt (Kazike) aus dem Dorf Sawre Aboy/im Einzugsgebiet des Tapajós, Zufluss zum Amazonas im Bundessaat Pará)
Cristiano Muller – CDES-Menschenrechtsbeauftragter – Porto Alegre/RS .
Moderation: Enéias da Rosa – Exekutivsekretär der Artikulation für die Überwachung der Menschenrechte in Brasilien (AMDH) und Julia Esther Castro França – Exekutivsekretärin des Netzwerkes Processo de Articulação e Diálogo (PAD)

Naturzerstörung durch das Agrarbusiness, Bergbau, Energie- und Infrastrukturprojekte und Menschenrechtsverletzungen in Brasilien hatten unter der Regierung von Präsident Bolsonaro besorgniserregende Ausmaße angenommen. Indigene und traditionelle Gemeinschaften gerieten noch mehr als vorher ins Fadenkreuz. Diese werden ebenso wie Kleinbäuer:innen oder Landlose oft bedroht, verfolgt, vertrieben oder ermordet. Auch die Bedrohungslage für Umwelt- und Menschenrechtsverteidiger:innen hatte sich unter Bolsonaro deutlich verschärft. Der am 1.Januar 2023 erfolgte Amtsantritt der neuen, von Präsident Lula geführten Regierung war mit der Hoffnung verbunden, dass sich diese Situation substanziell verbessern würde, Demokratie und Rechtsstaatlichkeit wieder gestärkt und ein Richtungswechsel in der Rohstoff-, Umwelt- und Menschenrechtspolitik angegangen werden.
Die Veranstaltung wirft Schlaglichter auf den Kontext von Klimakrise, Rohstoffausbeutung und Menschenrechtsverletzungen: Andreia Lisboa berichtet zu den Auswirkungen des Bergbaus in ihrer Region, Uine Lopes zur Verschmutzung der Umwelt und der Fischereigebiete in seiner Gemeinde, Alessandra Korap Munduruku / Jairo Saw Munduruku zur Gewalt gegen indigene Völker und die Kontaminierung indigener Territorien durch den Goldabbau und Cristiano Muller informiert angesichts der verheerenden Hochwasserkatastrophe im Mai diesen Jahres zu den Auswirkungen des Klimawandels auf Städte und Territorien in Rio Grande do Sul.
Gemeinsam mit unseren Gästen aus Brasilien wollen wir uns darüber austauschen, was sich im Vergleich zur Bolsonaro-Administration für sie verändert hat und welche Verantwortung die amtierende brasilianische Regierung aber auch die EU/Deutschland für die Lage der Menschenrechte in Brasilien trägt. Ebenso werden wir mit unseren Gästen Lösungsansätze und Forderungen an die Politik in Brasilien wie auch in der EU/Deutschland diskutieren.


Foco no Brasil – Destaques sobre o impacto da crise climática e da extração de recursos nos direitos humanos e nos territórios

Horário: Terça, 24.09.2024, 18:00-20:00 Uhr
Local: Pão para o Mundo (Sala 0.K.01 Amalie Sieveking), Caroline-Michaelis-Str.1, 10115 Berlin

Evento presencial com tradução simultânea DE-PT e PT-DE. A participação é gratuita.

Andreia Lisboa – Liderança da Comunidade de Taquaril dos Fialho – Licínio de Almeida /BA
Uine Lopes – Liderança da Comunidade de Bananeiras de Ilha de Maré – Salvador/BA
Alessandra Munduruku – Liderança Indígena da Etnia Munduruku/PA / Jairo Saw Munduruku (cacique da aldeia de Sawre Aboy/na área de captação do Tapajós, afluente do Amazonas no estado federal do Pará)
Cristiano Muller – Representante do CDES Direitos Humanos – Porto Alegre/RS
Moderação: Enéias da Rosa – Secretário Executivo da Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil / Julia Esther Castro França – Secretária Executiva do Processo de Articulação e Diálogo para a Cooperação no Brasil (PAD)

A destruição da natureza por meio de projetos de agronegócio, mineração, energia e infraestrutura e as violações de direitos humanos no Brasil assumiram proporções preocupantes durante o governo do presidente Bolsonaro. As comunidades indígenas e tradicionais foram ainda mais visadas do que antes. Assim como os pequenos agricultores e os sem-terra, eles são frequentemente ameaçados, perseguidos, deslocados ou assassinados. A situação de ameaça para os defensores do meio ambiente e dos direitos humanos também piorou significativamente com Bolsonaro. Quando o novo governo liderado pelo Presidente Lula assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2023, esperava-se que essa situação melhorasse substancialmente, que a democracia e o estado de direito fossem fortalecidos novamente e que uma mudança de direção na política de matérias-primas, meio ambiente e direitos humanos fosse iniciada.
O evento lança luz sobre o contexto da crise climática, a exploração de matérias-primas e as violações dos direitos humanos: Andreia Lisboa relatará os efeitos da mineração em sua região, Uine Lopes sobre a poluição do meio ambiente e das áreas de pesca em su comunidade, Alessandra Munduruku sobre a violência contra os povos indígenas e a contaminação dos territórios indígenas pela mineração de ouro e Cristiano Muller fornecerá informações sobre os efeitos da mudança climática nas cidades e territórios do Rio Grande do Sul, à luz do desastre devastador das enchentes em maio deste ano.
Junto com nossos convidados do Brasil, queremos discutir o que mudou para eles em comparação com o governo Bolsonaro e qual é a responsabilidade do atual governo brasileiro e da UE/Alemanha pela situação dos direitos humanos no Brasil. Também discutiremos com nossos convidados possíveis soluções e exigências aos políticos no Brasil e na UE/Alemanha.

 

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